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19 de Abril de 2024

Detentos iniciam reforma de escola pública no MS

Publicado por Sthefany Almeida
há 6 anos


Foto: Assessoria/Agepen

Detentos do regime semiaberto de Campo Grande começaram as obras de reforma da nona escola pública estadual do programa “Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade”. Com um investimento de apenas R$ 372 mil, a Escola Estadual Aracy Eudociak, situada no bairro Jardim Tijuca, terá suas instalações elétricas e hidráulicas refeitas, a cozinha readaptada, a acessibilidade garantida, o forro das 11 salas de aula trocados, além de uma nova minibiblioteca para os alunos, tudo com grande economia para o Estado.

A revitalização teve início na semana passada e conta com o trabalho de 25 detentos que chegam ao local em transporte fornecido pelo Estado e passam 8 horas trabalhando com afinco para garantir o respeito ao cronograma das obras. Quem passar pelo local já pode ver o entorno do colégio todo quebrado para a reforma.

O programa “Pintando e Revitalizando a Educação com Liberdade”, idealizado pelo juiz Albino Coimbra Neto, consiste em utilizar a mão de obra de presos do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira para realizar reformas em escolas estaduais por meio de uma parceria entre o Tribunal de Justiça de MS, a Secretaria Estadual de Educação e a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). Os materiais de construção necessários para as obras são adquiridos com um fundo formado pelo desconto de 10% do salário de cada preso da Capital que trabalha no convênio.

O programa já proporcionou a revitalização de oito escolas estaduais da Capital e uma economia para os cofres públicos estimada em aproximadamente R$ 5 milhões. Somente na última instituição de ensino entregue, a Escola Estadual Alice Nunes Zampiere, na Vila Almeida, a economia foi de R$ 832 mil.

De acordo com a diretora da Escola Aracy Eudociak , Gisele Maria Bacanelli, ser contemplada pelo programa é uma grande oportunidade. “A escola tem 31 anos e nunca passou por uma reforma geral. Eu trabalho há 17 anos aqui, tendo sido 15 anos como professora. Quando a gente trabalha no mesmo lugar por tanto tempo, acaba se sentindo parte dele. Então, ver a escola sendo reformada é, com certeza, a realização de um sonho, não só meu, como de toda a comunidade”.

A diretora confessou ter ido às reinaugurações das escolas anteriores, visto os resultados e buscado trazer o trabalho dos detentos para a sua. Mesmo já conhecendo o sucesso do programa, ela disse estar impressionada com a rapidez do serviço.

O término dos trabalhos de revitalização está previsto para o dia 28 de fevereiro de 2018.

fonte: TJMS

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3 Comentários

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Nossa até que enfim, colocando os presos para trabalhar, tomara que isso vire regra, temos muitas dessas para fazer pelo Brasil inteiro, espero que a moda pegue. Não há maneira melhor de minimizar os grandes gastos que trazem aos cofres públicos (mantidos pela população trabalhadora) quando da prática de seus crimes.

Agora só falta começarem a regra de trabalhos para indenizar vítimas de seus crimes, ai sim teremos um molde mais correto, criminosos pagando pelos seus atos, trabalhando e consequentemente, talvez, se reabilitando a convívio em sociedade (dependendo co crime, logicamente). continuar lendo

Concordo plenamente contigo David! Além de sermos vitimas constantes desses delinquentes, ainda temos que arcar com as despesas deles no presidio, espero muito que essa moda de trabalhar em prol da sociedade pegue, e que possam indenizar de alguma forma suas vitimas. continuar lendo

Um viva para quem já assistiu Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption). Minha opinião sobre o tema a parte, temos duas situações mutualmente excludentes: a utilização de mão-de-obra carcerária ou a utilização de mão-de-obra privada. Por um lado o Estado economiza dinheiro e "enobrece" o ócio de prisioneiros, essencialmente cumprindo de forma mais duradoura o preceito penal de ressocialização dos presos. Mas por outro lado nossa sociedade ainda sofre com desemprego, e caímos numa situação que, como o filme citado, o uso de mão-de-obra carcerária priva trabalhadores de bem de conseguir serviço. Se isso vira regra, os gastos que o Estado tinha com esses serviços vão para o bolso de presos ao invés de trabalhadores honestos.

Portanto concordo com a medida estatal proposta, mas somente se satisfeitas duas condições, impreterivelmente: a) Os salários dos presos manterão o fundo de 10% e terão todos os descontos de verbas devidos pelo preso ao Estado e/ou à família diretamente na fonte; e b) não haja, no local da prestação de serviço, mão-de-obra privada disponível continuar lendo